quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A origem e evolução da costura

Entenda um pouco mais sobre a arte de costurar, um trabalho que faz maravilhas com tecido.

Comprar o tecido, escolher a modelagem e dar asas à imaginação: a arte de costurar ainda conquista muitos adeptos até hoje, seja por necessidade, diversão ou trabalho. 

A profissão de costureiro ou alfaiate existe desde o início da civilização:
 
Relatos afirmam que as agulhas mais antigas, feitas de osso e marfim, foram fabricadas há mais de 30 mil anos. A tecelagem demorou um pouco mais a aparecer: cinco mil anos atrás, as pessoas aprenderam a trançar e enredar fios feitos de pelos de animais.
Esta arte manual acompanha a história dos hábitos humanos, já que, de acordo com a tecnologia disponível em cada época da história, os trajes ganham novos recursos e sofisticação. Na Idade Média os artesãos passaram a usar não só os fios, mas também jóias e pedras preciosas nas vestimentas.
O ofício permaneceu como uma arte de especialista, passada de geração em geração para homens e mulheres, até a Revolução Industrial. Nesta fase, como em diversos outros ofícios, a costura ganhou padronização e produção em série, mais rápida e adequada ao crescente mercado consumidor.
O primeiro modelo foi patenteado em 1790 por Thomas Saint, uma máquina de costura para trabalhos em couro, e em 1830 o alfaiate francês Barthélemy Thimonnier patenteou um modelo mais eficiente. Tal invenção foi motivo de raiva para os artesãos que, em 1841, destruíram as oficinas e máquinas do alfaiate, preocupados com a perda de seus empregos. 
Mesmo após a sofisticação das máquinas industriais, roupas feitas sob medida continuaram a ser produzidas, tornando-se um produto característico das classes mais abastadas devido ao sentimento de exclusividade. Nessa fase surge o embrião do que seria a alta costura, criando uma cultura própria para o ofício e um importante setor econômico.
A costura acompanha os hábitos mais arraigados da civilização: até pouco tempo atrás, meninas eram instruídas de forma que fossem capazes de fazer, com a ajuda das mães e irmãs, peças para o seu próprio enxoval de casamento. 
A costura também se tornaria um ofício bastante útil para a esposa, já que era um dos poucos trabalhos ao qual a mulher poderia se dedicar para complementar a renda da família. A invenção da máquina de costura doméstica,  em meados do século XIX, proporcionou muita praticidade para os adeptos do ofício realizarem seus trabalhos com mais rapidez e eficiência.
Nos dias de hoje, é possível encontrar modelos portáteis que executam trabalhos bastante detalhados com qualidade profissional. Marcas como Elgin, Singer e Janome oferecem equipamentos sofisticados e dotados de recursos como passagem de linha à prova de erros, caseador de quatro passos, costura reta, ziguezague. Com as máquinas atuais, também é muito mais fácil costurar bordados, fazer bainhas e ousar nos cortes mais elegantes. 

Curiosidade - A alta costura
A invenção da Alta Costura (haute couture) é creditada ao francês Charles Frederic Worth, no ano de 1858, em Paris. Foi dele a primeira  maison de alta costura, procurada por membros da alta sociedade para a criação de modelos exclusivos. Em 1945, foram estabelecidas certas regras que devem ser seguidas à risca pelos ateliês que se intitulam como sendo de Alta Costura. Entre as regras, consta a obrigatoriedade de produzir pelo menos duas coleções por ano (primavera-verão e outono-inverno), com 35 peças cada, com vestimentas para noite (fiou) e para o dia (tailleur).


Fonte: site Magazine Luiza.
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